domingo, 19 de agosto de 2012

"Passaram-se mais de 40 anos desde que selei aquele beijo em ti. Lembro como se fosse ontem, quando lhe pedi aquele retrato 3x4, guardei-o em minha caderneta, te deixei na esquina de casa, acompanhei sua entrada até o portão e sorri sozinho. Voltei para casa transbordando alegria.
Havíamos oficializado nosso namoro e eu poderia agora, andar de mãos dadas contigo, abraçar e quem sabe até começar a frequentar tua casa.

Eu tinha um sorriso bobo no rosto e tão logo cheguei em casa, ja senti o cheiro do almoço. Corri, lasquei um beijo na mãe. Obvio que ela percebeu minha mudança. Nem hesitei em contar. Pra mim, não havia orgulho maior do que ostentar nosso namoro.

E foi a partir desse dia, que comecei a escrever-te. Bilhetes, cartas, anotações, rascunhos. Poemas, poesias, odes, musicas. Tudo para você.

Você jamais soube disso não é? Infelizmente, no dia seguinte, ja estavas apaixonada por outro. E pra que eu não fizesse papel de bobo em casa, mantive nosso namoro por longos tempos. Não mais do que as letras que você me deu. E não leu.

Todo meu amor, foi teu.", por Cláudio Marques.

Lindo, lindo!
Esse texto foi retirado deste blog Confraria dos Trouxas, vale a pena ler os outros tantos que tem lá.
Um beijo, bom final de semana!

Nenhum comentário: